Ainda bem que a minissérie do momento é JK, em vez de Tancredo. Eta povinho que adora um presidente mítico. No caso, um quase presidente. |
sábado, 28 de janeiro de 2006
Rápida impressão de São João Del Rey
terça-feira, 24 de janeiro de 2006
Joaquim José da Silva Xavier
Até domingo.
segunda-feira, 23 de janeiro de 2006
Domingo, eu vou ao Maracanã...
(Não, não fui aos banheiros).
Dentro de campo, festa digna do Maraca. Com oito gols, duas viradas e Romário mais perto do gol mil (e do duzentésimo no estádio). Comentários:
- Fazia muito tempo que eu não via o Botafogo tão bem taticamente. Viva Carlos Roberto.
- Ruy é raça. Se está correndo assim com três meses de salário atrasado, imagina se recebesse em dia.
- Zé Roberto e Lúcio Flávio têm tranquilidade e a habilidade. Só falta acertarem mais (passes e chutes).
- Romário sempre merece muito cuidado e respeito. Virado da Cabofolia, meteu três gols. E, para a corrida pelos mil, podem até computar o quarto gol anulado.
- Não se enganem pelo placar. O Botafogo precisa de alguém para empurrar a bola lá pra dentro. Será Dodô?
- Fábaiano não joga nem no meu time reserva de botão.
- É especialmente prazeroso ganhar de uma equipe presidida por alguém como Eurico Miranda.
No pós-jogo, dei um pulinho no ensaio do Coquetel Acapulco, banda da ilustre Luisa Baeta. Aquecendo para a abertura dos Slackers, domingo que vem, mostraram um ótima versão de Vou Festejar, que todo mundo conhece na voz da Beth Carvalho. O Coquetel abriu uma ponte bem interessante entre ska e marchinha de Carnaval. É só se manter o mais longe possível de Los Hermanos.
Obs. - crédito da imagem: jornal O Globo. Não informava o nome do fotógrafo.
sábado, 21 de janeiro de 2006
Há cinco anos, encontrava Deus
Hey, hey, my, my/
Rock'n'Roll can never die
Sim, será o caos
(E poucas coisas sao mais clássicas de verão carioca do que show de Lulu na praia. Já vi uns quatro).
Fato assimilado e esquecido por mim antes, a abertura seria feita pelo Eletrosamba. E a banda do DJ Negralha e do percussionista Wellington não faz feio. Não faz feio mesmo. Electro e drum'n'bass em doses homeopáticas pops, misturados com samba e outras coisas - Que beleza, do racional Tim Maia; Macô, de CSNZ + elmo. Sr. Ministro da Cultura do Brasil, e boas músicas próprias.Pra variar, as "músicas de trabalho" são as mais fraquinhas. Tocaram o tema de A Diarista bem quando estava atravessando a rua. Odeio virar pipoca.
Falem mal de Lulu Santos, que ele está ultrapassado, se incomodem com seu jeito. Mas o cara consegue botar 40 mil pessoas para pular; quase todos cantando suas músicas. E, mesmo após 20 e tantos anos, suas músicas conseguem se encaixar nas nossas vidas. Bela banda, bem afiada. Logo na segunda música, manda o medley das "inevitáveis" - Toda forma de amor, O último romântico e etc., com a abertura funk do álbum Eu & Memê, Memê & Eu. Músicas novas bem interessantes, como Domingo maldito e um baião cujo o nome esqueci. E uma entrada em cena ao som de Cavalgada das Valquírias, de Wagner. Digno de Black Sabbath. Mas o melhor mesmo é a nova versão eletrôncia de Tempos Modernos.
Uma noite de poucos problemas, mas que serviu de premissa pelos poucos problemas. Rolling Stones - ou o arraStone - será o caos.
quinta-feira, 19 de janeiro de 2006
HPP
Ontem começou com Cidadão Instigado, grupo de samba/metal/experimental/guitarra com distorção lá em cima/efeitos de teclado/vocoder liderada por um cearense chamado Fernando Catatau, como informa o esperto zine do festival. Povo gritando "gênio" na platéia. Rodrigo Amarante abismado, assistindo ao show. Ok, legal, mas não é minha praia.
Ela veio logo depois. Várias pessoas já tinham me falado do Luxúria. Andrea Thompson fez matéria de capa da Lab Pop com a vocalista. Meu irmão assistiu no Porão do Rock e achou foda. Um adjetivo bem exato. Roquenrou reto, sem meandros. Presença de palco. A vocalista Meg Stock arrasa. Parece um Velvet Revolver de saias. Muito bom. E sério. Chega de música esquisitinha e engraçadinha. Luxúria é algo que estava faltando.
Mais sobre eles em breve.
Aliás e a propósito
Sai pouca luz/
E pouca cor/
Pra quem conduz/
HPP Especial Som da Rua dia 02/02. Presença certa.
E amanhã tem mestre Lulu em Copa...
terça-feira, 17 de janeiro de 2006
Match Point
Drama. Nada de Allen interpretando um personagem cheio de tiques. Nada de outro ator interpretando Woody Allen cheio de tiques. Relacionamentos reais e dolorosos. Talvez na linha de Closer. Será que Londres tem algo a ver com isso?
E por que os filmes de Allen sempre demoram a chegar por aqui?
Los Hermanos
segunda-feira, 16 de janeiro de 2006
We3
We3 trata de uma equipe formada por um cachorro, um gato e um coelho transformados em ciborgues assassinos pela Força Aérea dos Estados Unidos. É o segundo time mais importante da edição especial lançada pela Panini. O primeiro é formado por Grant Morrison e Frank Quitely. A parceria entre os dois escoceses nunca esteve tão afiada. E We3 é o melhor trabalho da dupla já publicado no país.
São diversos os pontos altos do gibi, mas o primeiro que, literalmente, salta aos olhos é a diagramação. Quitely – com os devidos palpites de Morrison – parece o Ronaldinho Gaúcho: quando você acha que sabe exatamente o que ele irá fazer, te surpreende com algo diferente. O ritmo imposto pelos dois é impressionante, sabendo instigar o leitor. As primeiras 20 páginas não tem balões, e nenhum dos personagens é mostrado nitidamente nelas. São revelados aos poucos. Outro momento embasbacante é a fuga dos animais, em que Quitely usa seis páginas com imagens de câmeras de segurança – vale citar a arte final digital de Jamie Grant aqui – para criar várias narrativazinhas paralelas, culminando em uma splash page. Se alguém não entendeu o que Scott McCloud quis dizer, eis um bom exemplo.
Um recurso parecido é usado nas cenas de ação – área que, como quem acompanhou Novos X-Men sabe, Quitely domina muito bem – entre os bichos e os soldados, no segundo capítulo. Pequenos quadros enfocam diferentes momentos do ataque, com um resultado bem violento. E o ápice vem em um ataque do gato, nas páginas 52 e 53, em que a noção de quadro é subvertida, com o felino em uma dimensão diferente de suas vítimas. Nada como uma quebra de convenções para tirar o fôlego.
Tanto Morrison quanto Quitely estudaram bem os animais encarnados em seus personagens. O desenhista traduz com fidelidade a movimentação deles, mesmo com suas carapaças metálicas. E o escritor incorporou em suas personalidades características típicas de cada bicho. O cão é fiel; o gato é arisco; o coelho, apaziguador. Lembra até fábula de La Fontaine, mas quem convive com animais sabe bem como é isso.
A edição da Panini, que chegou às bancas quase com um mês de atraso, é bem cuidada. Capa cartonada, papel couché, capas originais reproduzidas, sem anúncios, e um desnecessário subtítulo SBTriano - Instinto de Sobrevivência - condizem com o termo edição especial. Há ainda uma pequena biografia e bibliografia dos autores. Não há prefácio, ou textos introdutórios, mas não precisa. Tudo o que We3 tem a dizer está dentro da história. E é a primeira vez que a editora publica material da Vertigo. Que a experiência dê certo.
Para quem chegou até aqui achando que o clímax de We3 está nos desenhos, Morrison dá show de simplicidade e ternura sobre três bichinhos que só buscam ser algo condizente com a sua natureza. A velha questão sobre livre-arbítrio para ser o que quiser, tratada fora dos clichês. E ao centrar a história em um cachorro, um gato e um coelho, Morrison fala mesmo é de gente. Da pior espécie.
We3 tem 116 páginas e vale cada centavo dos R$ 18,90 cobrados.
Publicado no Sobrecarga em 16/01/06.
Fazia muito tempo que eu não tinha uma catarse lendo HQ.
sábado, 14 de janeiro de 2006
A Esquila Assassina & partículas aleatórias
Partícula aleatória I: Sábado passado, eu vi o mesmo João Bosco em duas partes diferentes da cidade.
Partícula aleatória II: Acabo de queimar a palma da mão fazendo feijão carioquinha.
Um Sepultura cada vez mais pop
No próximo final de semana, os Paralamas do Sucesso são a atração do Oi Noites Carioca, a nova versão do festival de shows no Morro da Urca, Rio de Janeiro, um sucesso na década de 1980. O objetivo dos realizadores é atrair parte do público da época, que agora cresceu, ganhou dinheiro, e pode se dar ao luxo de pagar mais para ter mais conforto. A escolha dos Paralamas coaduna com essa idéia. Mas o convidado especial, a principio, destoa: Andréas Kisser, guitarrista do Sepultura.
Só destoa a princípio. Quem acompanha a carreira da banda brasileira mais famosa do mundo já pôde perceber uma “guinada pop” mas direções do Sepultura. Pop talvez seja exagero. Mas, fora do nicho do heavy metal, eles já estão.
Alguns momentos podem ser pontuados nessa transição. E o primeiro deles completa 10 anos agora. Roots colocou a banda nas paradas de rádios e clipes, e é seu disco mais vendido até hoje. O segredo do sucesso veio de algumas iniciativas ousadas. O Sepultura largou alguns cânones do gênero. Assumindo o apelido “jungle boys” – garotos da selva – dado pela mídia lá fora, forma passar um tempo com índios no Xingu, encheram o álbum de percussão brasileira e, suprema heresia, chamaram Carlinhos Brown para produzir e participar de algumas faixas.
O segundo instante se foca mais na estrutura da banda do que na concepção musical: a saída de Max Cavalera. Não que sua voz gutural não fosse palatável – Roots já derrubara essa tese – mas o vocalista original sempre deu preferência aos Estados Unidos, por questões comerciais e pessoais. Tanto que seu Soulfly só deu as caras por aqui uma vez e é um grupo pouco conhecido no Brasil.
Meses após a saída de Max, os outros integrantes voltaram a morar em São Paulo – o que facilita muito a aproximação com o cenário pop nacional. Nem a entrada de um integrante gringo, o vocalista Derrick Green, atrapalhou. Até porque Green já fala português, virou palmeirense e inclusive já participou de programa humorístico da Globo.
Mesmo mantendo a base de fãs, os álbuns seguintes – Against, Nation e Roorback não alcançaram o mesmo êxito comercial que Roots. A banda continua excursionando fora do país, mas com bem menos intensidade. Em contrapartida, o número de shows no Brasil aumentou bastante, e o Sepultura passou a freqüentar festivais marcadamente ecléticos, como o Planeta Atlântida, realizado no Rio Grande do Sul e em Santa Catarina, e o Festival de Verão de Salvador, na Bahia.
No som, outras influências ficavam cada vez mais evidentes. Green fez escola no hardcore, seu gênero preferido, e trouxe isso para o Sepultura. Revolusongs, EP lançado em 2002, traz um mix de covers bem variados, incluindo de Jane’s Addiction a Massive Attack. Bullet the blue sky, quase uma desconstrução da música do U2, teve belo clipe gravado nas ruas de São Paulo e que conseguiu uma boa presença na MTV. A emissora sempre foi bastante generosa com a banda, dando-os um bom espaço na programação. Além dos covers, o Sepultura também gravou músicas em parceira com O Rappa e Zé Remalho.
Por fim, no ano retrasado, os fãs do Sepultura deram a maior torcida de nariz desde Carlinhos Brown: Júnior, o irmão de Sandy, participou de uma jam session com Andréas. Na época, Andréas contou que seus filhos são fãs da dupla, e que já foram em shows. “Mas quem levou foi minha mulher. Escapei desta”.
A nova prova para os rumos do Sepultura já tem data: em março, chega às lojas Dante XXI, 11º álbum de inéditas. Se será pop, se terá êxito, saberemos depois. Mas o posto de banda brasileira mais importante do metal não parece ameaçado. Mesmo que eles tentem mudar.
Publicado originalmente no Almanaque Virtual em 13/01/06.
Este texto surgiu de papos aleatórios com Rodrigo Simas, o Pingüim. Foi quem me sinalizou primeiro essa mudança no Sepultura, que - espero que tenha ficado implícito no texto - considero positiva. A idéia original era passar a idéia para queo dito cujo fizesse o texto, mas considerações começaram a surgir na minha cabeça, e como a coluna do Almanaque estava atrasada... Janeiro é um deserto; pouca coisa acontece; temos que inventar. Mas, apesar d'eu achar que o texto poderia ter ficado melhor, gostei dele.
Ah, o fato do Roots está completando dez anos só foi percebido no meio da pesquisa . Também no meio da pesquisa esbarrei com o artigo De Mílton ao Metal: política e música em Minas (em PDF), de Idelber Avelar, apresentado no V Congresso Latinoamericano da Associação para o Estudo da Música Popular. Há alguma coisa forçada na tese, mas o autor fez uma boa pesquisa e uma boa análise dos objetos.
não deixa de ser maneiro ler uma artigo acadêmico que tenha o termo "pancadaria".
sexta-feira, 13 de janeiro de 2006
Impulsividade
Reeves, inclusive, é uma das melhores e mais engraçadas coisas do filme, como um dentista-psicólogo hippie que invoca o animal do poder em seus pacientes. Segundo o diretor Mike Mills, foi o próprio ator – que dá ainda uma sacaneada em seu Neo de Matrix - que o procurou, após ler o roteiro.
A relevância da profissão do personagem de Reeves se justifica pelo protagonista. Como evidencia o título original - Thumbsucker, ou seja, chupador de polegar – Justin, o garoto de 17 anos, não deixou a compulsão em sugar seu dedo no berço, e recorre ao seu polegar sempre que se sente inseguro.
Aliás, Compulsividade seria um título mais apropriado.
Além de se livrar da compulsão, os desafios de Justin são o pai frustrado por ter tido que largar a carreira no futebol americano, as dificuldades com garotas, exclusão no colégio, qual faculdade cursar, a mãe trabalhadora e um irmão caçula.
Nada muito diferente de alguém que você conheça. O intérprete de Justin, o novato Lou Pucci, recebeu o prêmio de Melhor Ator no último Festival de Berlim, o que mostra que tem cacife para dar tintas realistas e honestas ao personagem.
O filme é baseado no romance homônimo, de Walter Kirn, lançado em 1999. Conta ainda com a participação de Vince Vaughn, como um professor, e de Benjamin Bratt, outro ponto cômico, como um ator de seriados em recuperação toxicológica.
Impulsividade tangencia um debate sobre drogas estimulantes, o que destoa um pouco o foco do filme, mas nada que chegue a atrapalhar.
Com toda a sua despretensão, o que Impulsividade melhor trata é auto-aceitação. e pessoas que usam óculos quadrados de aro grosso. Mas
Publicado originalmente no Sobrecarga em 12/01/06
quinta-feira, 12 de janeiro de 2006
quarta-feira, 11 de janeiro de 2006
Choque de gerações
Mais uma da Thais (sem acento), minha sobrinha.
Ela: Nada para fazer...
Eu: Vamos dar uma zapeada.
Alguns canais depois, chegamos ao 43.
Ela: Ih. Lei & Ordem. Mas eu já vi esse capítulo.
Eu: É aquele seriado do Ice-T, não?
Ela: É... Você gosta dele?
Eu: Gostava dele cantando.
Ela: O Ice-T canta?
Após o desencalhe de uma fita K7 do Body Count, alguns "Coz' I'm Ice-muthafuckin-T, bitch!" e uma cara de horrorizada depois.
Ela: É... Prefiro ele como detetive...
domingo, 8 de janeiro de 2006
Cinema no domingo com a criançada é a maior diversão
Chega o envelope com o logo do Sobs lá em casa. Dois convites para uma pré-estréia de "Zathura, a nova aventura dos criadores de Jumanji!"
(Este é aquele momento em que faria aquele olhar cético que virou moda no MSN, mas não estou com vontade de procurar a tecla por aqui).
Domingão de sol. Praia clamando. A mesma praia na qual tinha passado todo o sábado, e estourado a cota do câncer de pele no final de semana. Bom, as opções para diversão gratuíta eram então Zathura ou Babado Novo no Aterro...
Pré-estréia de filme infantil. Todas as sessões em torno das 14h. A única com o filme legendado seria no Recreio, ou seja, outro município. Então, toca para o Roxy.
Opções de compania - aquelas as quais eu teria a cara-de-pau de chamar: minha sobrinha de 15 anos ("O quê? Até gostaria de ver, mas dublado eu não quero. E ainda vou almoçar com a minha avó..."), meu primo Broder ("O número chamado encontra-se desligado ou fora da área de cobertura") ou meu outro primo, sobrinho deste ("Pô, to quase zerando o Final Fantasy. Nem tô afim de ir...").
Uma sessão solitária de um filme infantil dublado em um início de tarde de domingo. Chamem os índios.
Após fazer a boa ação do dia e ajudar nas economias de uma mãe doando-a meu convite extra, adentro o frescor da sala 2 do melhor cinema de Copacabana. E eu tinha esquecido completamente como crianças podem fazer uma sessão de cinema melhor. Desde o "começa, começa" e a empolgação com trailer de A Era do Gelo 2 (Espetinho, todando Ice, Ice Baby) até os comentários sem noção durante o filme e as brigas de irmãos, tão folclóricas que poderiam estar em qualquer sitcom.
Incrível como crianças podem salvar o seu dia.
Em tempo: Zathura é uma refilmagem/continuação de Jumanji. O roteiro é o mesmo. E serve exatamente para divertir até a hora do almoço. A trama é engraçada, sem duvidar da inteligência dos adultos. As crianças agem como crianças, e não como anãozinhos. Efeitos legais. Até a lição de moral tradicional desses filmes desce bem. E tem Tim Robbins, a direção de Jon Favreau (o Foggy Nelson do Demolidor) e uma chave de cadeia chamada Kristen Stewart.
sábado, 7 de janeiro de 2006
Pratt!
Bela novidade para o mercado brasileiro de quadrinhos. A Ediouro - que começou a publicar HQs no ano passado – e a Futuro Comunicação - responsável pela PC Magazine e Herói, entre outras revistas – firmaram parceria e criaram o selo Pixel, que objetiva publicar histórias em quadrinhos de grandes autores. Começando com o pé direito, anunciaram a publicação de A Balada do Mar Salgado, o álbum mais vendido de Corto Maltese, de Hugo Pratt.
O marinheiro Maltese perambula pelo mundo na virada do século XIX para o XX. Além da trama, suas histórias se destacam pela reconstituição dos vários lugares do mundo em que se passam – incluindo a costa brasileira – e a participação de figuras históricas como Stalin e Herman Hesse. O italiano Pratt não teve uma vida menos aventureira. Tendo passado a infância na Etiópia e tendo sido preso por tropas Nazista, viveu na Argentina e em outras partes do mundo. Maltese foi um de seus últimos personagens, criado em 1965. Pratt morreu em 1995.
O Pixel promete que seus álbuns terão, em maioria, entre 100 e 200 páginas, formato grande e distribuição para livrarias e bancas especializadas. E custarão entre R$ 20 e R$ 35. Além de outros volumes de Corto Maltese, o novo selo promete Gullivera e A Metamorfose de Lucius, de Milo Manara; Coração do Império, de Brian Talbot; Madman, de Mike Allred; Thief of Always, de Clive Baker; Caçadores da Noite, de Neil Gaiman; e uma versão encadernada de Arthur, de David Chauvel e Jérôme Lereculey. E, em território nacional, O Curupira, do mestre Flávio Colin.
À medida que os álbuns forem saindo, a gente dá mais detalhes. E bons fluídos para o Pixel!
Publicado originalmente no Sobrecarga em 06/01/06.
Fazia muito tempo que a chegada de um release não me deixava tão feliz. Por enquanto, os caras estão fazendo tudo certo. Começando com um medalhão belo até chorar, por um preço bem honesto - parece que o álbum, de 180 páginas, sairá por R$ 33. Em seguida, mais coisa boa. A Gullivera do Manara saiu há muito tempo, pela Abril. Será bom ver a porralouquice do Allred sem estar podado em uma grande editora americana e o Madman sem ser em crossover (apesar d'eu adorar seu encontro com o Super-Homem). E o sempre vivo Flávio Colin, em uma álbum infanto-juvenil. Tudo de bom para a Pixel mesmo. Que dê muito certo!
Isso mostra que, por mais que a gente demore para perceber, o mercado brasileiro de HQ tem tomado bons rumos. Há somente cinco anos, era a Abril publicando super-heróis, a Conrad tímida e outros lançamentos espaçados. E, muito importante, a qualidade dos álbuns não deixa a dever em nada lá fora - depois de anos enfrentados "cousas" editadas como a minha cara. Se a Pixel manter mesmo os preços como anunciado, assustará a Conrad e a Devir, que jogam os valores lá pra cima. Bom para o mercado, bom para os leitores.
Capas de discos banidas
sexta-feira, 6 de janeiro de 2006
A repercussão da Virada de Rosinha
Como se diz por aí, uma imagem vale mais do que mil palavras. A foto do GLOBO na capa com a governadora de pernas para o ar mostra exatamente como está a vida do carioca, ou seja, de cabeça para baixo. Se não bastasse o fato de o presidente Lula não gostar do Rio, e isso é público e notório, os nossos governantes também parecem preferir outros lugares para as festas de fim de ano do que o Rio. Mas é até melhor assim: só deve ficar aqui quem realmente gosta da nossa cidade.
VALENTIM LOPEZ
(via Globo Online, 5/1), Rio
É inaceitável a foto do GLOBO que retrata a governadora do Rio de Janeiro em trajes de banho, levando-se em consideração que, como pessoa pública, deveria ter mais cautela no que tange às fotos para publicação. Cada vez mais como cidadã sinto-me na Disneylândia, melhor dizendo, em Sea World.
EDITH CASADO
(por e-mail, 5/1), Rio
Muito bonita a virada de Rosinha no Rio Formoso, em Bonito. Nada contra o cidadão de bem descansar da labuta do ano inteiro! Só que nos passa a imagem de como anda o nosso estado. A governadora vetou qualquer reajuste para o funcionalismo. São R$ 151 de salário-mínimo que ainda imperam nos contracheques do estado. E as pensionistas? Coitadas! A maioria precisa recorrer à Justiça para reivindicar seus direitos líquidos e certos. O servidor de hoje, quando falecer, terá seus beneficiários de prato na mão! Isto é o nosso estado. Sem falar no contexto geral: a falta de segurança em qualquer hora, em qualquer lugar.
MARIZA FREITAS
(via Globo Online, 5/1), Rio
A divulgação de fotos que violam a intimidade de um casal não condiz com a tradição do GLOBO que, de forma subliminar, buscou desqualificar um momento de lazer e descanso a que todos têm direito, como sendo uma forma de falta de compromisso com o Estado.
Seu dia ruim pode ficar pior quando...
Vale ressaltar a resistência dos outros passageiros.
Closer
Reassisti anteontem. Incrível como a sua percepção de um filme pode bater diferente de acordo com as mudanças na sua vida. Mas continua sendo um filme muito bom (consegue até suprimir a atuação de Julia Roberts). Minha frase preferida continua sendo "o que um coração mais se parece é com um punho fechado cheio de sangue". E Natalie Portman continua Natalie Portman.
quinta-feira, 5 de janeiro de 2006
Olha, isso é fofoca...
terça-feira, 3 de janeiro de 2006
Tome nota, Frankenheimer
"C'était un rendezvous", curta de Claude Lelouch, filmado em 1976. O diretor colocou uma câmera no parachoque de uma Ferrari 275 e pediu para um amigo piloto de Fórmula 1 dirigir. Não pediu autorização para a prefeitura. O percurso começa na Porte Dauphine e vai até a Sacre Coeur.
Lelouch foi preso na primeira exibição do curta. Jamais revelou o nome do piloto (se foi o Proust, ficarei especialmente feliz)
De tirar o fôlego!
segunda-feira, 2 de janeiro de 2006
Fafá é vacilona
Eu: Beleza, Fafá. Estou na sua mão.
Fafá: Sigam-me os bons!
Fui para a mão da Fafá e acabei ficando na mão e ponto. Na hora H, ela surgiu com uma tal festinha no Leblon excluindo os compromissos anteriores. Tsc tsc tsc. É por essas e outras que a Fafá é vacilona.
Ainda bem que João Paulo e família tiveram a sensibilidade de me acolher.