Dia de São Sebastião e shows de graça na praia. Por razões geográficas e de praticidade, escolhi Lulu Santos na Praia de Copacabana ao invés de Skank no Aterro do Flamengo. No campo da preferência musical, deu empate técnico. Ao contrário do esperado, o trânsito não estava tão nó - pelo menos, pela minha percepção de ciclista. E o público estava dividido, o que não superlotou a praia.
(E poucas coisas sao mais clássicas de verão carioca do que show de Lulu na praia. Já vi uns quatro).
Fato assimilado e esquecido por mim antes, a abertura seria feita pelo Eletrosamba. E a banda do DJ Negralha e do percussionista Wellington não faz feio. Não faz feio mesmo. Electro e drum'n'bass em doses homeopáticas pops, misturados com samba e outras coisas - Que beleza, do racional Tim Maia; Macô, de CSNZ + elmo. Sr. Ministro da Cultura do Brasil, e boas músicas próprias.Pra variar, as "músicas de trabalho" são as mais fraquinhas. Tocaram o tema de A Diarista bem quando estava atravessando a rua. Odeio virar pipoca.
Falem mal de Lulu Santos, que ele está ultrapassado, se incomodem com seu jeito. Mas o cara consegue botar 40 mil pessoas para pular; quase todos cantando suas músicas. E, mesmo após 20 e tantos anos, suas músicas conseguem se encaixar nas nossas vidas. Bela banda, bem afiada. Logo na segunda música, manda o medley das "inevitáveis" - Toda forma de amor, O último romântico e etc., com a abertura funk do álbum Eu & Memê, Memê & Eu. Músicas novas bem interessantes, como Domingo maldito e um baião cujo o nome esqueci. E uma entrada em cena ao som de Cavalgada das Valquírias, de Wagner. Digno de Black Sabbath. Mas o melhor mesmo é a nova versão eletrôncia de Tempos Modernos.
Uma noite de poucos problemas, mas que serviu de premissa pelos poucos problemas. Rolling Stones - ou o arraStone - será o caos.
sábado, 21 de janeiro de 2006
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário