Em dado momento do show realizado no Teatro Odisséia no domingo, 29 de janeiro, alguém fala do palco:
“Blablablá e temos que batalhar para mais eventos como esse no Rio de Janeiro. Aliás, acho que um show como esse é inédito...”
Foi quando a ficha bateu: seria a apresentação dos nova-iorquinos do Slackers o primeiro show de uma das grandes bandas de ska no Rio? Toasters e Mighty Might Bosstones já passaram pelo país, sempre longe do território fluminense, na tenebrosa época em que cariocas tinham que se deslocar para SP ou BH para assistir alguns artistas gringos.
(Isso parece estar mudando, com o reaquecimento da economia. U2 não veio por uma questão estrutural – e de negociação; já o Gathering, que toca só
Voltando a vaca fria do ritmo jamaicano, o exílio carioca do ska torna-se ainda mais curioso porque uma das bandas referências do assunto no país vêm do Rio. Os Paralamas do Sucesso têm até música nomeada Ska e, por mais que não sejam “ska de raiz”, usam e abusam da levadinha rápida na guitarra e do naipe de metais. Já até dividiram palco com uma das bandas que mais fizeram pelo gênero, mesmo também não sendo “ska de raiz”: o UB40 – que tocou no Rio em algum lugar da segunda metade da década de 1990, talvez o último show carioca de ska.
A questão torna-se ainda mais curiosa pelas bandas de abertura. O
A própria vinda dos Slackers só se construiu, claro, com uma passagem
Mesmo sendo uma casa de médio porte, o Odisséia estava bem lotado. Público, percebe-se que existe já há anos. Parece que falta mesmo é colocar as bandas no palco - e agora que o Madness lançou disco novo e já está em turnê, fica mais fácil.
Publicado originalmente no Almanaque Virtual em 07/02/06.
Vem cá: nos dois sabemos que este texto ficou uma bela merda, não? Amanhã entra um sobre o Stoned bem melhor.
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