sexta-feira, 16 de março de 2007

Monsieur Gainsbourg


Estou lendo Por um punhado de Gitanes, biografia de Serge Gainsbourg escrita pela jornalista inglesa Sylvie Simmons e lançado aqui pela simpática editora Barracuda. O livro começa mostrando como o filho de imigrantes judeus feioso tornou-se o personagem cultural da França na segunda metade do século XX. Mesmo continuando feioso.

Gainsbourg se equilibrava em um tripé: Bebida, no qual ele incluia seus Gitanes (o que tá na boca dele na foto) e levou o Libé a escrever que ele morreu por "beber muitos cigarros"; Música, que libertou sua alma; e mulheres. Exatamente neste último, estou terminando o capítulo 6, "Initials: B.B.", e passando pro 7, "Initials: J.B.", que mostram como Gainsbourg passou de Brigitte Bardot para Jane Birkin.

O cara teve as duas (e Juliette Gréco, e a neta de Tolstoi, e tantas outros). Com B.B., gravou seu maior clássicos, Je T'aime, Moi non Plus, em uma sessão de gravação tão íntima que justificam os gemidos no final da música. Bardot deu pé na bunda dele, voltou pro marido e censurou a música ("Bardot é uma idiota", conta Marianne Faithful no livro). Gainsbourg fez então a única coisa que poderia fazer: regravou a música com Birkin. E com os mesmos gemidos.



Serge Gainsbourg é uma lição de vida.

Nenhum comentário: