segunda-feira, 30 de outubro de 2006

Daft Punk - Adendo

"Daft Punk são os filhos gêmeos de Tony Manero e Darth Vader" - João Ximenes Braga

PS: Eu juro que quando me recuperar escrevo sobre os Beastie Boys.

PPS: Por inferno Sérgio Cabral, Lula e Alckmin.

domingo, 29 de outubro de 2006

Sete toneladas

Foi o quanto que o Daft Punk trouxe de equipamento. E seis toneladas são só para luz.

Há pouco menos de um ano, quando o Pearl Jam tocou aqui, o palco quase não tinha efeitos. Nem um pano com o nome da banda no fundo. Achei supercoerente com os caras.

Agora o Daft Punk faz isso. E também achei supercoerente com os caras. A expressão artísticas deles vai extrapola música - tanto que já fizeram filme e longa de animação. Os efeitos e as pirotecnias não são complementos; eles fazem parte do show dos jaspions franceses. É tudo pensado para te seduzir do alto daquela piramide.

[Eles ficam o show inteiro no topo de uma pirâmide, maquinando. De onde você menos espera, surgem luzes com grande variação de cores, como nas astes triangulares na lateral do palco ou no corpo da pirâmide. O fundo do palco vira um enorme telão falsamente reticulado. E a pirâmide vira um telão de alta definição. E o começo de tudo é com as cinco notas da música de Contatos Imediatos de Terceiro Grau (tenho quase certeza que no filme eram só quatro)].

A apresentação foi curta - cerca de 1h20 -, o que aborrece ainda mais levando em conta o preço e o fato deles serem a
atração única (seria impossível compartilhar aquele palco com mais alguém). Mas bem porrada, com altos samplers de guitarra e zumbido no ouvido no fim da noite. E foi a prova que música pode ir bem além da própria música.

Agora dá licença que eu vou ver Interstella 5555.

Vídeo Bônus:



Assisti umas sete vezes seguidas. Essa aí mora no meu coração para sempre.

Stallone Batman

Bola levantada pelo blog do UHQ: grandes momentos dos quadrinhos, Cavaleiro das Trevas e tudo aquilo que faz Dark Knight Returns ser foda.

Mas nunca tinha reparado na frase da fossa. Ela segue o mesmo padrão do axioma clássico de Stallone Cobra: "Você é a doença. E eu sou a cura".

As duas obras são de 1986. E aí: quem copiou quem?

sábado, 28 de outubro de 2006

Emo

Hoje tem show da Patti Smith. E eu não vou.

Mas Patti Smith deve ficar constrangida de, entre todas as coisas que o punk rock gerou, estar o Emo. Tremendo infortúnio. Mas, se há algo pior do que o som, é o visual. Em cinco anos, olharemos para isso da mesma maneira que oolhamos para poodle metal dos anos 1980. E ainda transgrediu para outras áreas.

O que foi o cabelo do Almir, ex-Botafogo, hoje no jogo contra a Ponte. Jogador de futebol só ventila coisa errada.

www

Um suiço teve a idéia de uma rede ligando vários computadores, e lançou a pedra fundamental. O exército norte-americano encampou a proposta, achando que se seria uma forma estratégica de comunicação entre suas bases. Pouco depois, abriram parte desta rede para uso universitário, com algumas instituições trocando pesquisas. Foram alargando a parada até que, em meados dos anos 1990, caiu no uso popular, através de qualquer computador e um telefone. A conexão melhorou, mas ainda antes disso um adolescente chamado Shawn Fanning criou um programa para troca de arquivos de áudio. Ele foi processado, o programa virou a casaca e outros vieram em seu lugar, ampliando a opção para outros tipos de arquivo.

Toda essa história ganhou um propósito hoje de manhã. Graças à internet, assisti novamente o show do Alice in Chains no Hollywood Rock 93. A última vez que tinha assistido foi ao vivo, sentado na poltrona de casa, aos 10 anos de idade, com o meu pai reclamando daqueles cabeludos, "esses caras não costumam criar boas situações". Foi uma empatia imediata - provavelmente potencializada por meu pai estar falando mal. Não me engajei na banda imediatamente, até porque meu inglês não existia, mas aquele momento me marcou. Lembro-me muito bem. O Alice in Chains sempre será uma das minhas bandas favoritas.

Mas nem lembro tão bem assim. Tinha clara na minha cabeça a imagem da banda tocando Angry Chair. Só que Angry Chair só estava no mundo das idéias naquele ano. Era a turnê do Facelift ainda. Tem cada peça que a nossa mente prega.

Mas era um momento perdido. Que a internet recuperou.

PS: cara, eles não tocaram Man in the Box! A não ser que a Globo tenha cortado para colocar o Maurício Kubrusly.

quinta-feira, 26 de outubro de 2006

Heloïse Hélène

A nova sensação na política francesa chama-se Ségolène Royal, a provável candidata do Partido Socialista - ainda está sendo definido, mas parece que madame engoliu os concorrentes internos nos debates (lá as plentárias são televisionadas). É a grande força que pode impedir Nicolas Sarkozy de chegar à presidencia, agora que a candidatura de Villepin subiu no telhado.

Nova sensação é força de expressão. Ségolène circula pelo PS francês desde a década de 1970. Já foi ministra do meio ambiente, vice-ministra da educação e vice-ministra da infância e da família, além de presidente da região de Poutou-Charentes, dando um bafão na candidada do ex-primeiro ministro Raffarin. Mantém, bem francesamente, uma união estável com o velho socialista François Hollande.

A principal plataforma de Ségolène para ganhar os franceses é algo bem conhecido dos gaúchos: orçamento participativo. Ela tirou a idéia de suas idas ao Fórum Social Mundial. Promete se focar principalmente em questões de educação, meio ambiente e direito de minorias. Não sei qual será a política com os imigrantes.

Há outra coisa sobre Ségolène: a foto acima não precisa de legenda. Ela é typiquement francesa, com elegância e nariz fino. Será um belo refresco após o picolé de chuchu original, Jacques Chirac.

Go ahead, punk: make my day

Tem vezes que o Clint Eastwood faz o seu dia.

quarta-feira, 25 de outubro de 2006

Retificando o Ultraje

A AirChina inaugura em dezembro o primeiro vôo Pequim-São Paulo, com escala em Madri.

Se Roger Moreira, com seu QI avantajado, tivesse escrito Vamos Virar Japonês hoje, trocaria a nacionalidade em questão por chinês.

quinta-feira, 19 de outubro de 2006

RW, o outro


Putz, eu fui no show do Robbie Williams. E foi foda.

A produção de palco não deixa nada a dever ao RW do post abaixo. Lá fora, deve ser até maior - ele não trouxe tudo para a turnê latina. O show começa com a banda no palco. Fogos, telão de alta definição no fundo e clipes exclusivos para show. Muitas luzes. E o puto surge de uma cortina de fumaça no meio do público, correndo por uma passarela.

Robbie Williams é o Renato Gaúcho, se fosse inglês e
boy bander: é eficiente no que faz, muito estrela e sem rodeios com as palavras. Não é um cantor genial, mas se garante. Suas letras são ácidas e irônicas. Mais ou menos como suas falas para o público. Disse que a América do Sul é o único lugar que ainda o confundem com Robin Williams. "He is a fucking American fag. I'm British. He was in fucking Mrs. Doubtfire while I was just a little boy in fucking Take That, for god's sakes!". Sorry, Serginho Grossman.

Falando em Take That, ele cantou
Back for Good. Meio puto, é verdade. Deixava os refrões para o público. Fez o mesmo em Angels. Nada como um pop-star de saco cheio. Mas compensou em Let me Enterntain You, Rock DJ - logo a segunda - e Come Undone. E com um sensacional funk NY Afrika Banbaataa (mas nem tanto) Rude Box, com animações inspiradas em pinball.

RW colocou o público no bolso - já tinha feito algo parecido com muito mais gente, como mostra o DVD que voltimeia passa por aí. Só tinham umas 7 mil pessoas na Apoteose ontem - e os ingressos estavam quase sendo distribuídos para o público, dado o número de promoções por aí. Ele sacaneou isso, os espaços vazios. Aliás, sacaneou tudo, inclusive a mania brasileira de gritar após qualquer coisa que o artista fala. No final, mostrou a bunda. Acho que ninguém mostrava as partes íntimas em show de rock (friso o show de rock) na Apoteose desde Kurt Cobain.

PS: O último CD do cara teve consultoria visual e de conteúdo por Frank Quitely e Grant Morrison. Ganhou mais pontos.

domingo, 15 de outubro de 2006

Confortably Numb

Roger Waters na Apoteose dia 24 de março! Quem traz é a Cie, que não costuma dar bola fora.

Uma semana depois, resquícios do The Who no mesmo local.

A Sub Pop já não é a mesma

Estava assistindo uns clipes do Gathering no Youtube - o único lugar onde eles podem ser assistidos - e surge esse link na faixa ao lado, Director's Videos, que é patrocinada.

Primeiro, eu estranhei e pensei o que está no título.

Mas depois me resignei. A Sub Pop continua a mesma, dando chances ao novo e inusitado, posando de indie mas sendo o mais capitalista possível. E, vou confessar: Cansei de Ser Sexy me diverte.

Atentem a descrição do vídeo e do grupo.

Quem disse que o Botafogo não chega no topo?

Fotografia de dois guias sherpas do Himalaia, mais exatamente no Monte Everest. O autor da foto é o engenheiro Carlos Porto, que escalava o monte mais alto do mundo e encontrou as duas figuras. Já trajadas assim. Retirei a história do blog do irmão do Carlos, o Roberto.

PS.: Embate épico ontem no Maracanã. Botafogo e Santos nunca é um simples jogo.

Interpretação dos Sonhos

Essa eu tive que correr para o computador para contar: sonhei que estava votando. Não foi nada tranquilo: eu ficava minutos em frente à urna eletrônica, sem saber o que fazer. Tenso.

Ao final, digitava um número. Algo bem diferente do que tenho em mente para o dia 29.

Não gostei nada do desfecho. Ainda não sei se foi um pesadelo.

sexta-feira, 13 de outubro de 2006

2 filhos de Vânia

Os bróders Cavalera juntos novamente. Aconteceu em Phoenix, para um show beneficente. E vem coisa nova por aí. A Trip registrou.

Atualização: Os dois deveriam ficar muito orgulhosos por isso. Uma banda não acaba em seus integrantes, mas no legado que deixa para seus admiradores.

quinta-feira, 12 de outubro de 2006

Sin perder la ternura

www.8p.com.br/grupo/sacaneandoche/flog/

Há tempos não ficava tão feliz com algo de minha autoria.

Quadrinhos e mulheres

Até um tempo atrás, eu tinha um certo mandamento: não falarás de quadrinhos com mulheres até o, vamos ver, décimo encontro. Podemos concluir que eu era um babaca preconceituoso comigo mesmo.

Sexta passada, estava em uma despedida de uma amiga que vai se mudar para o Canadá quando ela mesma recomenda este blog para uma outra garota. "Mas ele escreve sobre o quê?". "Ah, ele fala de várias coisas, tipo quadrinhos e...". Eu mesmo interrompi: "Mas não é só quadrinhos; é blábláblá". Podemos concluir, então, que eu ainda sou um babaca preconceituoso comigo mesmo.

Mas todo leitor de HQ (que se relaciona) passa por isso. O momento da anunciação. A hora de mostrar o esqueleto no armário. Ou melhor, a sua pilha de gibis da Liga da Justiça.

As reações são varidas. Vão desde a indiferença até desconforto. Uma vez, uma menina que trabalha com filmes achou "um absurdo" eu colocar quadrinhos no mesmo patamar artístico que Cinema. É reflexo de um preconceito antigo, que escorre até para áreas acadêmicas.

Mas algo começou a mudar há pouco tempo, e a responsabilidade é da moça aí de cima. Não só dela; mais ainda do seu companheiro teioso (mas eu não ia perder a oportunidade de postar essa Mary Jane do Adam Hughes remetendo a John Romita) e seus filmes. Um outro reflexo que os sub-gênero "filme de super-herói" é que os quadrinhos ficaram menos malditos para as mulheres. Se ela pode ir ver Batman Begins com você e achar legal, porque você não pode ler Asilo Arkham e ser um cara bacana (isso, claro, se ela for razoável).

Resumo: quadrinhos passaram minha adolescência inteira sendo coisa de mané. Hoje, é fofinho. Tremenda vingança dos nerds.

Casal 20

Nos anos 1980, o Fluminense complicava bastante a vida dos seus adversários através dos atacantes Assis e Washington. Pela sintonia, os dois jogadores acabaram recebendo o apelido de Casal 20 em alusão ao seriado de TV. Washington e Assis funcionavam independentes, mas os dois se conheciam há tanto tempo (desde o Atlético-PR) que se completavam. O rendimento de um favorecia o outro, e vice versa.

É mais ou menos a mesma coisa com Steve Niles e Ben Templesmith. Dono de um estilo de ilustração que, ao mesmo tempo, parece caótico, mas com elementos facilmente identificáveis, o australiano Templesmith vagava pelas beiradas do mercado americano de quadrinhos, trabalhando em séries como Star Wars e Buffy, a Caça-Vampiros. Fã de detetives e filmes de horror, Niles era um roteirista amador e balconista profissional com passagens por companhias como Disney e o estúdio de Todd McFarlane. Até que, em 2002, os dois fizeram 30 Dias de Noite.

A história dos vampiros deu um novo fôlego às HQs de horror nos EUA. E um grande empurrão na carreira de ambos. A arte sombria de Templesmith fluía perfeitamente com as histórias tenebrosas de Niles. Só que a porção detetivesca do roteirista não estava sendo atendida. É aí que surgem Cal McDonald e Crimes Macabros.

Como explica Niles no posfácio da edição lançada pela Pixel Media, McDonald era um personagem que já o acompanhava há um tempo, sempre em contos policiais com um clima noir. Um dia, só para ver como ficava, Niles colocou um lobisomem na história. E McDonald passou a agradar todas suas facetas.

Foi o diferencial. McDonald segue bem na risca a cartilha dos detetives anti-heróis: bebe e fuma adoidado, tem um comportamento longe do exemplar, passa por cima de jurisdições e procedimentos, narra em off alguns trechos da trama, que se passa em Los Angeles. Até mesmo o desprezo com que encara os seres malditos não é muito novo, remetendo a um outro inspetor do sobrenatural dos quadrinhos. Diferente mesmo são as criaturas: os vampiros de Niles não são charmosos. Eles não são metáforas para nada. São somente monstros e são felizes assim.

E, nesse sentido, são muito favorecidos pela representação inumana feita por Templesmith: quando atacam, parecem tubarões, com os dentes projetados. Característica semelhante têm os lobisomens do artista. São rabiscos peludos, quase disformes. Todos favorecidos pela ambientação soturna; Templesmith praticamente só usa preto e variações de cinza e sépia. E verde para os zumbis.

Crimes Macabros mostra uma estranha aliança entre vampiros e lobisomens (seres que só se relacionam bem em desenhos do Scooby Doo) para cometer crimes atípicos. A trama vai até a Idade Média e culmina em uma luta de classes monstruosa. Não é muito inovador, mas entretém. De inusitado, a forma como Niles mostra os zumbis como coringas, se dividindo entre os lados da guerra. E todos inteligentes. Nada de “mioooolos”.

O álbum traz ainda uma boa história extra de McDonald em uma Las Vegas escura, além de biografia dos autores e uma introdução por Rob Zombie. Crimes Macabros tem chances de ser transformado em filme, com Thomas Jane (protagonista de Justiceiro, e velho chapa de Niles) encabeçando o elenco. Só espero que não transfiram a história de Los Angeles para Londres, como fizeram com o outro.

Crimes Macabros tem formato 17x26 cm, 180 páginas e preço sugerido de R$ 34,90. Alguns trechos da história podem ser lidos aqui.

Publicado no Sobrecarga em 11/10/06.

Isso aqui ainda é um blog de cultura pop. E esse texto é minha homenagem aos tricolores sobre dias melhores.

Ainda debate

Escrevi o post sobre o debate minutos após o mesmo, sem ter consultado nada. Nos dias posteriores, a imprensa em massa e amigos em massa discordaram que o Lula tenha sido melhor. Quando você aponta para um lado e os demais para outro, o mínimo que você deve fazer é reavaliar a sua posição.

Continuo achando que o Lula foi melhor. Nem ele acredita nisso, mas fiquei com essa impressão. Reconheço que o Alckmin deu uma apimentada, chamou um presidente de mentiroso em rede nacional pela primeira vez na história. Há de ter culhão. Mas ainda acho que o Lula conseguiu se desvencilhar bem dos ataques. Não respondeu, mas driblou. E ridicularizou Alckmin. Acho que a maioria dos telespectadores indecisos tiveram essa impressão. Na última pesquisa do Datafolha, Lula abriu uma diferença considerável.

Antes dos comentários passionais demais e analíticos de menos: não defendo Lula. Meu voto é nulo. Só acho que ele levou essa.

quarta-feira, 11 de outubro de 2006

Batalha das capas

"Let's get the hell out of here."

piauí é aqui

Revista piauí nas bancas. Gente boa, projeto gráfico bom, Danuza Leão, Dorrit Harazin, Roberto Pompeu de Toledo, Rubem Fonseca, Coyote Coió e outros.

Mas só li mesmo o Ivan Lessa e sua volta ao Rio depois de 30 anos (na verdade, 28 anos, 6 meses e 7 dias).

"Eu: 'Casa da Feijoada', 'Delícia Tropical'. Tá certo. São nossos nomes, nossos nomes. Agora, que frescura é essa de 'Doncaster', 'Nero's Palace', 'Desir D'Argent'?

Taxista: O senhor é um nacionalista, não é?

Eu: Mais ou menos. Depende da nação."

Obs.: João Moreira Salles, que é esperto e intelectual, batizou sua editora de Alvinegra e termina todas as mátérias com a rubrica de uma bolinha preta com uma estrela branca e solitária no meio.

terça-feira, 10 de outubro de 2006

Oito?

Segundo o Pearl Jam Evolution, o Eddie fez esse oito para fãs brasileiros num show em Madri. Seria 2008?

domingo, 8 de outubro de 2006

1º round: Lula ganhou

E ganhou por muitos pontos. Alckmin não foi a nocaute, mas ficou bem atrás na pontuação. O capitão chuchu estava nervoso, recorrendo com frequência ao tique de lamber os lábios. Estourou o tempo quase sempre, chegando a ter o microfone cortado algumas vezes. Centrou a argumentação no mensalão e outros escândalos, o que, aos ouvidos do povo, soa como notícia velha. Tentou dar porrada assim, mas Lula resolveu fácil.

Difícil entender por que ele faltou aos debates do primeiro turno. Lula falou fácil, amarrando Alckmin ao FHC, privataria e PCC. Usou gírias, falou na língua do povo. E sempre se defendeu dizendo que Alckmin só batia, sem apresentar propostas de governo. Lula também não apresentou, mas foi o primeiro a anunciar que o adversário não fazia. Provocou, e depois não fez o que disse que ia fazer. Um drible elástico, para usar uma metáfora futebolística.

E o Alckmin ainda citou o Bial em uma empresa concorrente, o que é deselegância. O chuchu, na verdade, é banana.

Ainda sobre ficar velho

Hoje estava passando De Volta para o Futuro III no Telecine Cult. Só falta tocar Nirvana na Antena 1 agora...

Now testify

Analisava hoje um quadro comparativo dos programas de governo de Lula e Alckmin. Salvo poucos pontos, como atuação das agências reguladoras, os projetos são bem parecidos. Em algumas áreas, tipo economia, são identicos. Aquela história que o PT e o PSDB são, no fundo, as duas pontas da mesma ferradura (e viradas na mesma direção), prova-se cada vez mais verdade.

Enfim, exauridas as questões ideológicas, o debate (palavrinha, heim...) escorre para a atuação política. O Lula, além de ter sacaneado o meu voto de confiança, vai ter que montar governo com bancada evangélica e com um pedaço do PMDB, com sindicalistas e sem técnicos. Alckimin vai com a outra parte do PMDB - a pior possível - e mostrasse inábil e ingênuo. Além do mais, eu passei perto do comitê dele no Jardim de Alah ontem e, na boa, não dá para olhar aquele cara e pensá-lo como presidente. Tem coisas que são superficiais porém verdadeiras.

Toda essa história tá me lembrando isso aqui:

sexta-feira, 6 de outubro de 2006

Manhã terribilis

Minha manhã de hoje:

- Atravessei oito bairros em metrô e ônibus em um calor abafado. Tudo para comprar um macaco de pelúcia com membros retráteis para a minha sobrinha e afilhada (Amanhã, sábado, estarei 8h arrumando a festa de um ano dela. Não basta ser padrinho, tem que participar).

- Consegui a proeza de, a pé, atropelar um cara de bicicleta, entregador de alguma coisa, em pleno Saara. Nós dois estávamos errados: eu atravessando com o sinal aberto; ele vindo na contra-mão. De início, achei que ele tinha se ferrado mais. Porém, o cara estava inteiro, só estatelado no chão. O mesmo não posso dizer do meu pé: uma unha já encravada tornou-se ainda mais encravada. Enfim, segue a vida.

- Fui no banco. Que estava em greve. Com manifestação do sindicato dos bancários na porta. Só queria tirar dinheiro. Poderia ter passado no caixa eletrônico vazio e com ar condicionado no Shopping da Gávea. Mas eu deixei para ir no Saara...

- Saindo do ônibus, na volta para casa, bato com a cabeça na porta.

- Já em casa, são e salvo, alguma porcentagem inteiro, me liga um amigo. Papo vem, papo vai. Ele é conhecido por ser seco ao telefone, dá tchau e desliga correndo. Na despedida, sai o ato falho (dele): "Um beijo". Merda.

Seria cômico se não fosse trágico. Mas eu achei cômico.

Ainda tem a outra metade do dia...

terça-feira, 3 de outubro de 2006

Rockstar Supernova

Eu odeio reality shows. E odeio mais ainda quando eu gosto deles. E odeio ainda mais quando passo a gostar depois de que ele acabou.

Rockstar Supernova é o programa que escolheu o vocalista para Supernova, banda formado por Gilby Clarke (ex-Guns), Jason Newsted (ex-Metallica) e Tommy Lee (ex-Pamela Anderson). Mesma coisa que rolou com o INXS uns anos atrás. Deve ter sido muito bacana acompanhar e torcer - dava para votar do Brasil; não era tipo outros enlatados americanos. Pena que já terminou e escolheram Lukas Rossi, um canadense pato rouco. Imagina, sei lá, o Eddie Vedder Emo. Triste.

O melhor candidado, na minha modesta opinião, era o Magni, um islandês careca que tinha a melhor voz, a melhor técnica, uma boa presença de palco. Enfim, um ótimo frontman.

Porém, como rock'n'roll não é só técnica e boa voz, nada se comparava ao vulcão Zayra Alvarez. Sim, fogueteira e nem canta tanto. Mas simplesmente não dá para resistir para uma porto-riquenha cantando Bowie com um colant dourado e cartola.

Zayra, meu coração é teu.

Câmara júnior

A Câmara Estadual do Rio está parecendo os Novos Titãs: todo mundo é a versão júnior de alguém maior. É Picciani filho, Bolsonaro filho e outros filhotes - filiação biológica ou não. Pelo menos, a filha do Roberto Jefferson não se elegeu.

O único que não é o filho, mas o pai, é Zito. Mas ele já anunciou que só vai esquentar a cadeira até 2007, quando será prefeito de Caxias de novo (nem me atrevo a dizer que ele vai concorrer; ele será).

Enquanto isso, do outro lado da Dutra: Maluf, Clodovil, Frank Aguiar (o cãozinho dos teclados), Enéas e João Paulo Cunha. Ficarei de longe de SP por uns tempos.

domingo, 1 de outubro de 2006

O Comedor

Já disseram que, em novela do Manoel Carlos, as mulheres são loucas e os homens são uns bananas, menos o José Mayer, que como todo mundo. Dizem hoje. Houve uma época em que Meyer fazia vários tipos de papel. Foi até protagonista de minissérie política sobre o fim da Era Vargas. E, na minha memória afetiva, está presente com o Osnar de Tieta.

Mas Mayer virou o comedor. Faz que não é com ele, mas adora a alcunha. E muitas Lolitas o querem para professor Humbert. Colocaram-no para encarar Suzana Vieira em Senhora do Destino e não deu certo (encarar Suzana Vieira não dá cermo mesmo). De quem é a culpa dele ter se tornado comedor?

Nada de Mel Lisboa. Os culpados são Casseta & Planeta. Mayer é uma sátira que virou verdade. Não era uma mentira, mas foi repetida tanas vezes que virou verdade absoluta. E agora o cara fica engessado no papel - que ele encarna bem. Ok, há papéis piores para ser engessado.

PS: Comedor que é comedor é sinistro até na Rússia.

PPS: Esse post é baseado numa idéia de Zorro.

Vira-vira

Virei referência: é mole? Em uma belo diálogo com gente muita boa lá no MdM.

Virei personagem: como se não fosse suficiente, o Leo desenhou uma conversa nossa. As únicas inverdades são que eu gosto do cara de Cabo Verde e a barriga do Thales. É maior.

A Brotoeja do Immonen


Adoro recriação de personagens clássicas - ainda mais de forma sensual. Essa é do Stuart Immonen, um canadense talentoso.

Me lembra de um dia postar a Mônica feita pelo Manara.

Frente e verso



Cibo Matto é um saco, mas esse clipe é foda.