domingo, 29 de outubro de 2006

Sete toneladas

Foi o quanto que o Daft Punk trouxe de equipamento. E seis toneladas são só para luz.

Há pouco menos de um ano, quando o Pearl Jam tocou aqui, o palco quase não tinha efeitos. Nem um pano com o nome da banda no fundo. Achei supercoerente com os caras.

Agora o Daft Punk faz isso. E também achei supercoerente com os caras. A expressão artísticas deles vai extrapola música - tanto que já fizeram filme e longa de animação. Os efeitos e as pirotecnias não são complementos; eles fazem parte do show dos jaspions franceses. É tudo pensado para te seduzir do alto daquela piramide.

[Eles ficam o show inteiro no topo de uma pirâmide, maquinando. De onde você menos espera, surgem luzes com grande variação de cores, como nas astes triangulares na lateral do palco ou no corpo da pirâmide. O fundo do palco vira um enorme telão falsamente reticulado. E a pirâmide vira um telão de alta definição. E o começo de tudo é com as cinco notas da música de Contatos Imediatos de Terceiro Grau (tenho quase certeza que no filme eram só quatro)].

A apresentação foi curta - cerca de 1h20 -, o que aborrece ainda mais levando em conta o preço e o fato deles serem a
atração única (seria impossível compartilhar aquele palco com mais alguém). Mas bem porrada, com altos samplers de guitarra e zumbido no ouvido no fim da noite. E foi a prova que música pode ir bem além da própria música.

Agora dá licença que eu vou ver Interstella 5555.

Vídeo Bônus:



Assisti umas sete vezes seguidas. Essa aí mora no meu coração para sempre.

Nenhum comentário: