terça-feira, 13 de maio de 2008

PVC entrevistou o Hagi

Abri uma matéria sobre o PVC com a história abaixo - a dita cuja pode ser lida no Comunique-se. Foi o maior nariz de cera da minha vida, mas eu banquei.

O Hagi era bom com os pés de da cabeça.

PVC entrevistou Gheorghe Hagi. Foi em 1994, na Copa dos EUA, no momento em que o romeno era a sensação do torneio, após eliminar a Argentina nas oitavas de final. Então com 24 anos, Paulo Vinicius Coelho – mais conhecido pela sigla PVC – trabalhava na Placar, e estava escalado para falar com o atacante da Romênia ou com o técnico Dick Advocaat, da Holanda, seleção que seria a próxima adversária do Brasil.

"Liguei para o hotel da Holanda e pedi para falar com o Advocaat. O atendente respondeu 'what is the password?' [qual é a senha]. Liguei pro da Romênia e pedi pra falar com o Hagi. Passaram pro quarto e ele atendeu. Me apresentei em espanhol – ele jogava na Espanha –, disse o que queria e ele achou tudo bem. Marcamos às 14h", relatou.

"Cheguei ao hotel às 13h30min", continuou. "Às 13h50min, nada. Vi o assessor de imprensa da Romênia e perguntei sobre o Hagi. Ele disse que não ia dar, que o técnico não queria que ninguém desse entrevistas. Às 14h em ponto, o Hagi sai do elevador. Eu e o assessor vamos em sua direção. O assessor gritou com ele em romeno, ele rebateu e me chamou para fora do hotel".

"Na entrevista, perguntei se era verdade aquela história do [goleiro Helmuth] Duckadam, que após pegar quatro pênaltis na final da Liga dos Campeões [de 1986, pelo Steaua Bucareste] e se aposentar, teve as mãos quebradas a pedido do [ditador romeno Nicolae] Ceausescu. Ele respondeu que 'não era verdade, mas o Ceausescu era muito vaidoso, e proibia que os ídolos do País dessem entrevista. Quando ele caiu, prometi que nunca negaria uma entrevista, porque faz parte do meu trabalho. E por isso estou aqui falando com você'", disse concluindo a história.

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