quarta-feira, 22 de outubro de 2008

A morte lhe cai bem

Num misto de cagada minha, aviso em comunidade do orkut e bobeada do Submarino, consegui suplantar o principal defeito de Mesmo Delivery: paguei R$ 20 na minha edição, bem melhor que os R$ 40 que a Desiderata colocou como preço de capa.

(Tem livraria por aí vendendo por 25 pratas, o que pode significar uma mudança nisso. As edições do Submarino já estão esgotadas).

Mas voltando: já conhecia o Grampá do blog dele e da sensacional história muda na Bang Bang. A arte do cara destoa logo de cara, mesmo para quem não acompanha HQs. Um traço leve e detalhista, alguma coisa no meio do caminho entre o Paul Pope e o Geoff Darrow. Tudo com narrativa fluindo bem, e uma palheta de poucas cores, com variações de preto, cinza, vermelho e ocre.

Todos os comentários que li/ouvi davam um peso maior à arte. Eu gostei bastante da história. Parece a cena antes dos créditos de um filme foda, tipo os três caras esperando o Charles Bronson no Era Uma Vez no Oeste. Acho que é mais ou menos assim com a carreira do Grampá.

O Mutarelli fala na intro que é raro ver um primeiro album botando essa banca. Concordo: é muito bom ver alguém chegando para levar à coisa a outro nível. E Grampá gosta muito de facas, espadas e cutelos. Isso já tinha ficado claro no conto da Bang Bang, mas Mesmo Delivery é muito mais sanguinolento.


Após o lirismo de Moon & Bá e os super-heróis de Ivan Reis e cia., faltava vir alguém nas HQs brasileiras que gostasse da boa e velha história de ação e morte. E sangue. Grampá é o cara para revitalizar a Elektra, ou fazer uma versão HQ de Kill Bill, ou a versão nacional de Yuki.

Mas eu queria mesmo era vê-lo fazendo Demolidor.

[Atualização] Descobri que o Grampá fez o clipe de As Cores Bonitas, do Bidê ou Balde. Não gosto da banda, mas o vídeo é muito bom.


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