quinta-feira, 9 de novembro de 2006

Batman foi ensaio

Quer Michael Cane e Christian Bale em um bom filme de Christopher Nolan? Vá de O Grande Truque e leve um Hugh Jackman de lambuja.

É bem mais do que isso. Achei o filme mais sofisticado que Nolan já fez. Parece que
Batman Begins foi só para ganhar cacife e poder bancar isso aqui. O filme é produção de época, o que sempre encarece muito. Mas garante Scarlett Johansson de espartilho.

O Grande Truque é o tema do filme: a rivalidade entre dois ilusionistas criados juntos na Londres vitoriana. Antagonismo bom reflete-se em tudo, e traz várias interpretações. Joseph Conrad e seus Duelistas estão orgulhosos. O Grande Truque é a estrutura do filme, em várias camadas, idas e vindas, leituras para cá e para lá, enganando o espectador. Nada daquele malabarismo chinfrim de
Memento. Mágica de verdade. O Grande Truque é escalar uma boa nova atriz inglesa de dentes tortos e amarelados, Rebecca Hall. Colocar um dos bibelôs preferidos deste blog, Piper Perabo, em um filme decente. E botar David Bowie de volta no cinema, em uma ótima aparição como o misterioso e real Nikola Tesla.

Mas o maior truque de todos é se deixar enganar pelo cinema. A maior tapeação consentida da história da humanidade. Bela homenagem, Nolan.

PS: Ah, nerds, sim: Batman versus Wolverine. E, como sempre, Batman vence.

PPS: Georges Méliès era ilusionista.

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