sexta-feira, 23 de dezembro de 2005

Que situação...



Como vocês sabem - ou saberão agora -, descolei uma maneira de compensar toda a opressão historicamente causada pela Igreja Católica(inclua aí desde a Inquisição até a Cataquese que fui obrigado a fazer, aos sábados de manhã, em Curitiba, muitas vezes aos 5 graus Célsius):

eles pagam o meu salário.

Porém, essa condição implica em situações limites. Semana passada, tinha que pegar uma foto para o jornal com a estagiária da Pastoral(rima involuntária). Tive que correr atrás da menina até o momento em que ela estivesse livre. O que me obrigou a participar, muito a contragosto, de uma novena de Natal.

Após muitas cantigas de Jesus nas alturas e salvação da Terra, a coordenadora da novena pediu para que os presentes tergiversassem sobre o significado da vinda do Salvador ao mundo.

Naquele silêncio constrangedor, minha mente divagou. O ponto em que cheguei é que, por mais insensível que o sujeito seja, qualquer um pensa duas vezes antes de fazer algo ofensivo ou, por falta de palavra melhor, ruim em uma noite de Natal.

Sei que há sempre ofensivas do Tet ou guerra do Yon Kippur para me contradizer, mas se o Natal garante pelo menos uma noite mais paz na Terra, ele já se justifica. Independente de religião (ou falte de).

Então, que todos vocês tenham uma noite de mais tranqüilidade e felicidade. Que Papai Noel, o velho batuta, seja bacana com vocês, e que, quando estiveram entediados na ceia do dia 24, pensem no South Park Especial de Natal que será exibido no Multishow, por volta das 21h.

Bjs e abraços,

Marcelo

Em tempo: pensei tudo isso, mas fiquei calado na novena. Queria mesmo que aquilo acabasse. Rápido...

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