O cinema é também a arte de mostrar mulheres (tá, entrego. Li essa aqui). Marilyn Monroe de tomara-que-caia rosa, Claudia Cardinale suada em um rancho, Juliette Binoche fumando na janela com chuva, Winona Ryder dançando sob flocos de neve, Kate Winslett fazendo careta com cabelo laranja, Eva Green perguntanto "Que estátua?". E Kevin Smith acaba de contribuir com a lista, e conosco, com Rosario Dawson dançando no telhado ao som de ABC pelos Jackson's Five - que culmina em uma cena de musical que todo diretor de bom humor sonha em filmar.
Rosario é tudo o que os homens querem. Pelo menos, o que este homem quer. Espirituosa nas sacadas, belos lábios grossos à la Alinne Moraes, inteligente com personalidade e sagaz nas putarias - tanto verbalmente quanto fisicamente. Sim, isto é a personagem de O Balconista 2 - dessa vez, só dessa vez, vou me render à tradução que gosto -, mas é só dar uma averiguada na carreira da moça e imaginar que ela não deve ser muito diferente. Não é qualquer que não tem a frescura para fazer esse tipo de papel.
Smith envelheceu bem. Envelheceu seus personagens bem. O filme é engraçado, hilário, bizarro, com referências à cultura pop - Guerra nas Estrelas x Senhor dos Anéis. Mas sabe mostrar como o tempo passou para aqueles personagens, e como eles se sentiram atropelados pelo tempo. De certa forma, dá para fazer o paralelo com o próprio primeiro filme e seus atores - e com quem está na platéia. Mas logo depois Jay & Silent Bob fazem algo para aliviar. Ou - santo cahvão - mostrar que tudo o que você mais procura pode estar dentro de você.
Festival começou bem. Babel também é ótimo. Até mais do que isso.
sábado, 23 de setembro de 2006
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