sábado, 18 de fevereiro de 2006

Wild Horse

Em algum lugar deste verão, chegará às telas de cinema Stoned. O filme é fraquíssimo; uma biografia da morte do Rolling Stone Brian Jones. Mas um dos trunfos de Stoned é jogar uma luz sobre Anita Pallenberg, a ítalo-germânica que se insinua para Jones nas sombras, enquanto o guitarrista foge das fãs em Munique. Para quem acha Marianne Faithful desconcertante, conheça Anita.

Anita é interpretada pela louraça belzebu Monet Mazur – sim, o nome dela é Monet –, que não fez nenhum filme que preste na vida. Mas Monet funciona bem em Stoned. Talvez por viver uma mulher que se deitou com três Stones. E que deixou os três de quatro.


Jones foi o pioneiro – como em muitas outras coisas entre os Stones. Como mostrado no filme, conheceu Anita. Ou melhor, foi conhecido. E, como também é mostrado no filme, Anita que apresentou várias substâncias que favoreceram seu lado criativo – mas que também foram seforam riativo do pancado - mas sconcertante, conheça Anita.us algozes. Em retribuição, Jones compôs as músicas para Degree of Murder, filme alemão em que Anita vive uma assassina – ela tomaria gosto pela coisa.


Em na sua loucura cada vez mais hermética, Jones deixando Anita de lado. A deixa para que Keith Richards entrasse em cena. Cuidou bem de Anita. Ficaram casados por dez anos, entre 1967 e 1977 gerando três crianças.


O casamento com Richards favoreceu que Anita dividisse as telas com Mick Jagger em Performance, psicodélica produção de 1970 em que o cantor meio que interpreta ele mesmo, em uma convivência forçada com um gângster londrino. Acabaram dividindo também a cama.


Deve ser um ponto delicado da tempestuosa relação Richards/Jagger.


Após o casamento com Richards, Anita cansou. Com o encaretamento do mundo na década de 1980, tornou-se estilista e crítica de moda – relevante, com artigos publicados na Vogue. Manteve algumas contribuições nas telas, mas nenhuma próxima de seu auge: Anita viveu a Rainha Negra em Barbarella. Dizem que o que Jane Fonda faz na tela não nada perto do que Anita fez nos bastidores.


E para quem pensa que a contribuição de Anita aos Stones é meramente sexual – como se isso fosse pouco –, um adendo: dizem as escrituras que Anita Pallenberg é a musa inspiradora de Wild Horses, uma das mais belas canções dos Rolling Stones.


Anita não era para ser domada.


Publicado originalmente no Almanaque Virtual em 16/02/06


Eu adoro escrever sobre mulheres fantásticas; é uma das melhores coisas para se fazer com elas.

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